segunda-feira, 24 de novembro de 2008

...

Num momento, a alegria.
De repente,
o cenário muda,
revela-se a melancolia.
O final feliz
Que parecia eminente
Transforma-se em drama,
Coração ferido,
Dor latente.
Sonhos cessados,
Sorrisos calados...
E o instante, que parecia eterno,
Como num piscar de olhos,
Rasga a alma,
Cala a fala
E se desfaz...
O silêncio impera.
A pressa espera.
Sentimento despido,
Sangrando no peito.
E o espetáculo
já não satisfaz.
O enredo engana,
Distorce a cena...
E o beijo roubado,
Com sabor permanente,
Envenena a boca,
Dilacera a mente.
E os personagens se despedem...
Desejo lembrado,
Caminho negado.
O nós
já não existe mais...
As cortinas se fecham,

Esperança morta.

A história acaba
E o ainda cedo...
Já é tarde demais.


[Por Suélen Machado - Maio de 2008]

sábado, 22 de novembro de 2008

Sou o que sou...

Invada minha alma e desperte em mim a vontade de voar.
Não me queira pela metade.
Sou inteira,
Sou verdade
E não permito me podar.
Invada meu pensamento e aguce em mim a imaginação.
Não me queira reprimida.
Sou criança,
Atrevida
E não aceito repressão.
Invada meu corpo e provoque em mim o arrepio.
Não me queira só beleza.
Sou vontade,
Sou certeza
E não resisto e desafios.
Invada meu ser por completo e revele em mim o que sou.
Não deseje personagem criada.
Sou inocência,
Sou tentada...
Sou o que sou.
Sem tirar,
Nem pôr.

[Eu... Por Suélen Machado, Setembro de 2008]